terça-feira, 27 de setembro de 2011

AMIZADE

"Muitas vezes os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não a trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabe que aqueles defeitos não serão espelhos para nós, mas seremos um instrumento de Deus para ele superar esse defeito."

Pe. Fábio de Melo

sábado, 6 de agosto de 2011

O Ser Humano e a Sociedade: Individualidade ou Sociabilidade?

O homem é um ser em evolução e sua tendência natural é sair do egocentrismo. O homem tem a necessidade de pertencer a um determinado grupo social, seja a família, a escola, o trabalho e tantos outros.
Desde os primórdios da humanidade, a vida em sociedade traz em seu contexto a disputa pelos bens, disputa essa que jamais se arredará, pelo simples fato de cada ser humano constituir um universo próprio de desejos maternais, donde a necessidade de regras gerais é estabelecer limites que possibilitem a não invasão dos direitos individuais.
Quando se fala, por exemplo, em dignidade, em sentimento, amor, ódio, conhecimento, intelectualidade, desejo, indiferença, está se falando em valores intrínsecos do ser humano, em valores que constituem um patrimônio subjetivo, visualizado no mundo exterior apenas nas manifestações que cada pessoa, em determinados momentos, deixa livremente exalar de seu corpo, de seu espírito, de sua alma, mostrando-se como verdadeiramente é, mostrando-se exclusivamente "ser".
Mas, para falarmos de valores intrínsecos, temos, primeiramente, que nos reportarmos ao segundo período do Estado de Direito, que teve seu início em meados do século XIX. No Estado de Direito, vemos que atribui-se ao Estado a missão de buscar a igualdade entre os cidadãos; para atingir essa finalidade, o Estado deve intervir na ordem econômica e social para ajudar os menos favorecidos; a preocupação maior desloca-se da liberdade para a igualdade.
O individualismo, que imperava no período do Estado Liberal, foi substituído pela idéia de socialização, no sentido de preocupação com o bem comum, com o interesse público. Isto não significa que os direitos individuais deixassem de ser reconhecidos e protegidos; pelo contrário, estenderam o seu campo, de modo a abranger direitos sociais e econômicos.
O fracasso do chamado Estado Social de Direito é evidente. No Brasil, a exemplo do que ocorre em muitos outros países, não houve a mínima possibilidade de que milhões de brasileiros tivessem garantidos direitos sociais dos mais elementares, como saúde, educação, previdência social, moradia. Grande parte da população não tem assegurado o direito a uma existência digna.
As limitações ao exercício dos Direitos Individuais em benefício de uma coletividade foram o único caminho encontrado para o alcance de maior eqüidade social. Como disse Bobbio, "as sociedades reais, que temos diante de nós, são mais livres na medida em que menos justas e mais justas na medida em que menos livres".
Quando falamos em ser humano, em individualidade e em sociedade, não podemos deixar de falar, também, no lema "Liberté, Egalité, Fraternité", ou seja, "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" usado na Revolução Francesa, em 1784, o qual retratava o seguinte:
  • Liberdade: os homens nascem e permanecem livres e iguais nos direitos. A liberdade é considerada um direito natural;
  • Igualdade: a lei é a mesma para todos, profissões e funções públicas são acessíveis a todos, sem distinção por nascimento. Os cidadãos são iguais perante a lei, o que significa que privilégios são condenados;
  • Fraternidade: auxiliar os povos da Europa a se tornarem Estados livres como o francês.
Infelizmente, esse ideal não foi atingido durante a Revolução e nem atualmente.
Durante a Revolução Francesa, na qual a Liberdade surgiu num sentido singular, as pessoas desfrutaram de maiores facilidades e concessões, o que se convencionou chamar de direitos. Estes não eram iguais para todos, se entendermos que a igualdade era a meta mais difícil, devido à crescente divisão social. Até hoje, o homem não realizou os ideais da Revolução. No entanto, grandes mudanças ocorreram na "imortal trindade", tais como: o conceito de liberdade que passou para liberdades, "positiva" e "negativa". A primeira, "positiva", é a idéia na qualidade de cidadãos, de participação política, e a "negativa" se resume em poder fazer ou ser aquilo que se quer. A igualdade teve, nesses 200 anos, com o desenvolvimento social, um aumento nas desigualdades, e a fraternidade foi abandonada em um mundo que colocou a afirmação dos Estados Nacionais acima da solidariedade entre os povos.
A palavra caridade, junto com o lema revolucionário Francês "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", em conjunto, formam um símbolo, uma aspiração e uma inspiração, para todas as pessoas comprometidas com os valores humanos e com a organização da vida social e coletiva do homem.
O Estado, por sua vez, na forma como se organiza, tendo em vista uma cidadania melhor, acaba por propor e criar políticas sociais que não levam em conta o cotidiano e a construção de uma cidadania crítica, participativa e de qualidade.
Sabe-se que o problema da desigualdade é um componente histórico-estrutural, que perfaz a própria dinâmica da resistência e da mudança, pois, o capitalismo representa uma sociedade de discriminação. O que se quer são formas mais democráticas, políticas sociais que reduzam o espectro da desigualdade e da desconcentração de renda e poder. O Estado pode ser um eqüalizador de oportunidades, desde que defina, não o seu tamanho ou presença, mas a quem serve.
A concepção de cidadania persistida pelo Estado, ainda baseia-se nos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade, onde a própria organização política, histórica e social brasileira torna-a impossível, pelas grandes desigualdades e mazelas sociais existentes.
As políticas sociais, embora tenham objetivo de proporcionar uma harmonia entre os três princípios, têm se mostrado insuficientes para resolver as contradições entre a proposta de cidadania e a sua realização efetiva.
Gumersindo Bessa 1, dá o seguinte parecer sobre o homem social: "Cada um vê as coisas conforme o ponto de vista em que se coloca. O meu ponto de vista para julgar a sociedade é este: o homem social é um carnívoro açamado (amordaçado com açamo - focinheira para cães). O açamo chama-se a lei, polícia, poder público. Nos momentos em que a vigilância do poder público adormece ou a coação legal esmorece, cai o açamo, o homem recobra toda a sua liberdade natural, e fica apenas limitado o seu poder por esta lei única: o mais fraco é presa do mais forte. Encarando assim os fatos sociais, é tão insensato o louvor quanto o vitupério. A natureza é imoral".
De todo o exposto, é inarredável que tenhamos a consciência da impossibilidade de radicalismos, porém, é necessário que o Direito observe, na sua evolução, não apenas a evolução objetiva da sociedade, mas, principalmente, o que o ser humano tem de essência, tornando-se este a razão da existência daquele.
Sonhar com um mundo de iguais: fraterno e livre. Sonhar com um mundo sem religiões em que os homens vivam apenas para o dia de hoje. Sonhar com um mundo sem patrões, sem governos, sem ricos nem pobres. Sonhar com a Utopia de Thomas Moore, com a República de Platão, com o Socialismo de Karl Marx. Sonhar com a Era de Aquários que acabou nunca acontecendo. Sonhar com um mundo completamente diferente do competitivo mundo do século 21. Sonhar, sonhar sempre!
Continuemos, pois, a sonhar. Quem sabe, um dia, conseguiremos idealizar e, acima de tudo, concretizar uma sociedade perfeita. Uma célula fraterna, gerida por um núcleo de notáveis escolhidos entre os mais sábios e mais magnânimos. Uma sociedade que funcione com uma única célula, sempre em prol do bem comum.

1 Gumersindo Bessa, de J.Dantas Martins dos Reis, Editora Regina Ltda, Aracaju-SE, 1958.

© Texto produzido por Rosana Madjarof

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Tudo Passa...

Certo dia um sacerdote percebeu a seguinte frase em um pergaminho pendurado aos pés da cama de seu mestre:
 
"Isso também passa."
 
Com a curiosidade de cada ser humano resolveu perguntar:
- Mestre, o que significa essa frase?

E o mestre sem titubear lhe responde:
A vida nos prega muitas peças, que podem ser boas ou não, mas tudo significa aprendizado.

Recebi esta mensagem de um anjo protetor num desses momentos de dor onde quase perdi a fé.

Ela é para que todos os dias antes de me levantar e de me deitar possa ler e refletir, para que quando tiver um problema, antes de me lamentar eu possa me lembrar que "isso também passa", e para quando estiver exaltado de alegria, que tenha moderação e possa encontrar o equilíbrio, pois "isso também passa".

Tudo na vida é passageiro assim como a própria vida, tanto as tristezas como também as alegrias.

Praticar a paciência e perseverar no bem e nas boas ações, ter simplicidade, fé e pensamentos positivos mesmo perante as mais difíceis situações é saber viver e fazer da nossa vida um constante aprendizado.

É ter a consciência de que todas as pessoas erram, de que o ser humano ainda é um ser imperfeito em busca da perfeição e por isso até saber que se muitas vezes nos decepcionamos com pessoas é porque esperamos mais do que elas estão preparadas para dar, dentro de seu contexto e grau de compreensão.

Deste modo, meu amigo, toda vez que olho para essa frase, meu coração se aquieta e a paz me invade, pois sei que "isso também passa".

Desconheço o autor do texto.
 
Sábia palavras do texto acima.
Sem perceber estamos sempre por lamentar por uma doença, uma perda ou alguma situação que estamos vivendo no momento, mas sempre estamos esquecendo que apesar de tudo estamos vivos dia após dia.
Estamos sempre cobrando do próximo muito mais do que eles podem nos dar, mas também nos limitamos automaticamente a cobrança nós mesmo.
É muito bom podemos refletirmos sobre tudo em nossa vida, e ponderar sobre todas as coisas, tanto na tristeza quanto na alegria, pois tudo "isso também passa".

Rose Hermes

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ser Feliz a Cada Instante

“A vida não é contada em meses, ou anos… É contada em minutos e segundos. Portanto, viva cada segundo intensamente. Seja feliz a cada momento. (Ionaz)
Felicidade é ter a consciência de que cada instante em sua vida é valiosíssimo. E vivê-los com entusiasmo e com aquela vontade de fazer uma diferença positiva no mundo.
Ser feliz é saber viver cada instante intensamente, com alegria, garra, ousadia, e com a vivacidade de uma criança. É volta a ser criança, ou mesmo resgatar aquela criança que nunca deixamos de ser.
Ser feliz é provar da fonte da vida a cada instante, e se deliciar com os estímulos e recompensas presentes a cada momento. É agradecer a Deus por todos os minutos e por todas as bênçãos que cada minuto represente e nos traz.
Por que pensar desta maneira: “Amanhã eu vou ter um belo carro e, então, vou ser feliz… No mês que vem vou estar de férias, e então estarei feliz… Ano que vem mudo de emprego, e então serei feliz fazendo o que gosto”?… Isso são somente Ilusões… Não existe amanhã, não existe o mês que vem, nem o ano que vem. Tudo o que existe é o agora. E é agora que você pode ser feliz.
Decida-se pela “felicidade já”! Seja feliz agora. Seja feliz a cada segundo, um segundo de cada vez.
A melhor maneira de viver a vida é vivendo-a instante por instante. Ser feliz exige que você esteja inteiramente presente a cada momento da sua vida.

Trecho retirado do livro “Todo Dia É Dia de Ser Feliz”, de Gilberto Cabeggi − Editora Gente, publicado pelo site Artigonal.

sábado, 23 de abril de 2011

AMIZADE PERDIDA

 

Como é triste perder uma grande amizade,
Ainda mais quando a mesma é tudo pra nós,
Parece que metade da gente se foi junto
Um vazio imenso toma conta do nosso coração.
É como me sinto atualmente, vivo pelos cantos chorando
Morrendo de saudades da amizade perdida,
Éramos unha e carne, manteiga e pão,
Uma mistura perfeita, harmonizada, feitos um para o outro
Ela me chamava de meu xodó, me tinha como perfeito
Eu também a admirava, gostava de seu jeito amigo e leal
Vivíamos muito bem, em pleno acordo, até que um dia
Depois de uma pisada na bola, tudo mudou de repente.
Isso foi o suficiente para a amizade partir, ir embora
Deixando um vazio tremendo dentro de mim,
Já não sou mais o mesmo, ela me levou o brilho
A vontade de viver, meu ânimo, minha alegria,
Quando passa por mim, faz de conta que não me conhece
Rir com todos, mas quando me aproxima, rir de mim
Faz questão de me evitar, não perdoa a minha insensatez
Não consegue olhar para mim como antes, o encanto acabou.
De xodó passei a ser um espantalho, alguém indesejável
Não se lembra dos bons momentos que juntos vivemos
A amizade perdida, não me admira mais como antes
Sou para ela um passado que não vale a pena ser lembrado.
Ela não sabe o quanto me maltrata, o quanto me fere
Seu desprezo me consome como câncer,
Não sei até quando poderei suportar tanta indiferença
A amizade perdida se foi para nunca mais voltar.
Às vezes me pego gritando o seu nome pelas ruas
Desesperado, como um louco, clamando em alta voz
Amizade perdida, voltes, não me desprezes, ta difícil sem você
Preciso desesperadamente de ti, não me deixes sofrer tanto assim.
Vem fazer parte da minha vida novamente, vem ser minha amiga
Confidente, cúmplice, amiga leal e verdadeira,
Fale-me de sua vida, abra-se sem reservas e sem temor
Voltes a confiar em mim, me perdoas, por favor.
Ela não me responde, nem dar as caras, ainda estar magoada
Mas não perco a esperança, um dia quando toda a mágoa se for
A minha amizade perdida, voltará para mim, aí serei feliz de novamente.

 Fonte: http://www.poemas-de-amor.net/blogues/glayson/amizade_perdida

sábado, 2 de abril de 2011

A ÁRVORE DOS MEUS AMIGOS

 

Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos.

Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles.
 
O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe. Mostram o que é ter vida.

Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. 
Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem.
 
Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...

Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então e chamado de amigo namorado. Esse dá  brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.
 
Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.
 
Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. 
Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações.

Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam com o nosso caminho.
Desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade...
Hoje e Sempre... simplesmente porque: "Cada pessoa que passa  em nossa  vida é única.
Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.  Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso".

Fonte: http://www.sotextos.com/arvore_dos_meus_amigos.htm

sábado, 19 de março de 2011

Amor Amizade
Um sentimento sem inveja
puro lindo inocente
é o amor que agente sente.
Mistura de paixão com amizade
de toda vontade que deixou saudade
e para dizer a verdade
essa felicidade que me arde é o amor
Este amor que é eterno, verdadeiro, sincero
que toma conta de mim e me deixa assim
sem palavras para expressar
sem saber como agir ou o que pensar
tantos sentimentos que... me fazem rir
e ao mesmo tempo chorar.
Mas acima de tudo me fazem crescer
e perceber o valor de uma linda amizade
ou um grande amor.

domingo, 13 de março de 2011

Viva a amizade!!!



Saber Viver

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.


(CoraCoralina)
A força real da amizade virtual

Há poucos anos, no alvorecer da internet, temeu-se que as relações virtuais iriam suplantar o
contato real. A idéia era a de que cada um se encerraria no mundo virtual, sem abrir espaço
para amizades verdadeiras. Não foi o que ocorreu. Ferramentas on-line como sites de
relacionamento, blogs, fotologs e chats se mostraram poderosos mecanismos de ampliação
dos contatos sociais, laços de amizade e até casamentos.
A possibilidade de conhecer novas pessoas na rede é um ponto importante. Mas não é só
isso. A internet se tornou um espaço público de exposição, onde é possível publicar idéias ou
detalhes da sua vida pessoal que de outra maneira ficariam restritos a um círculo fechado. É
uma forma de ampliar alguns aspectos da vida para uma dimensão mais visível.
Esta é a moeda de troca nos sites de relacionamento: você expõe um pouco sua intimidade,
eu exponho a minha, e assim se criam vínculos. Bons amigos virtuais podem ser de grande
valia para a vida pessoal e profissional.
A importância de uma amizade é indescritível. Ter alguém do seu lado nos momentos de
alegria é muito fácil, difícil mesmo é encontrar alguém perto de você quando o mundo está
desmoronando na sua cabeça. Quando uma pessoa te apóia num momento difícil, saiba que é
uma amizade verdadeira, a pessoa que irá te deixar ciente que você nunca estará sozinho.
Um amigo é algo precioso. Há amizades que duram a vida toda, mesmo quando predomina a
distância, pois bons amigos nunca se separam realmente.
Daniela Demski Adário
Psicóloga - CRP 07/17367

sexta-feira, 4 de março de 2011

A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.
Millôr Fernandes


O amigo é a resposta aos teus desejos. Mas não o procures para matar o tempo! Procura-o sempre para as horas vivas. Porque ele deve preencher a tua necessidade, mas não o teu vazio.
Khalil Gibran
Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só.
Amir Klink

sábado, 29 de janeiro de 2011

A Importância da Amizade


    Um dia, durante uma conversa entre advogados, me fizeram uma pergunta:

    - O que de mais importante você já fez na sua vida?

    A resposta me veio a mente na hora, mas não foi a que respondi pois as
circunstâncias não eram apropriadas.
    No papel de advogado da indústria do espetáculo, sabia que os assistentes queriam escutar anedotas sobre meu trabalho com as celebridades. Mas aqui vai a verdadeira, que surgiu das profundezas das minhas recordações:

    O mais importante que já fiz na minha vida, ocorreu em 08 de outubro de 1990. Comecei o dia jogando golfe com um ex-colega e amigo meu que há muito não o via. Entre uma jogada e outra, conversávamos a respeito do  que acontecia na vida de cada um. Ele me contava que sua esposa e ele acabavam de ter um bebê. Enquanto  jogávamos chegou o pai do meu amigo que, consternado, lhe diz que seu bebê parou de respirar e que foi levado para o hospital com urgência.

    No mesmo  instante, meu amigo subiu no carro de seu pai e se foi. Por um momento fiquei onde estava, sem pensar nem mover-me, mas logo tratei de pensar no que deveria fazer:

    - Seguir meu amigo ao hospital ? Minha presença, disse a mim mesmo, não serviria de nada pois a criança certamente está sob cuidados de médicos, enfermeiras, e nada havia que eu pudesse fazer para mudar a situação.
    - Oferecer meu apoio moral? Talvez, mas  tanto ele quanto sua esposa
vinham de famílias numerosas e sem dúvida estariam rodeados de amigos e familiares que lhes ofereceriam apoio e conforto necessários, acontecesse o que acontecesse. A única coisa que eu faria indo até lá, era atrapalhar.

    Decidi que mais tarde iria ver o meu amigo. Quando dei a partida no meu
carro, percebi que o meu amigo havia  deixado o seu carro aberto com as
chaves na ignição, estacionado junto as quadras de tênis. Decidi, então,
fechar o carro e ir até o hospital entregar-lhe as chaves.

    Como imaginei, a sala de espera estava repleta de familiares que os
consolavam. Entrei  sem fazer ruído e fiquei junto a porta pensando o que
deveria fazer. Não demorou muito e surgiu um médico que aproximou-se do casal e em voz baixa, comunica o falecimento do bebê.

    Durante os instantes que ficaram abraçados - a mim pareceu uma eternidade- choravam enquanto todos os demais ficaram ao redor daquele
silêncio de dor. O médico lhes perguntou se desejariam ficar alguns instantes com a criança. Meus amigos ficaram de pé e caminharam resignadamente até a porta.

    Ao ver-me ali, aquela mãe me abraçou e começou a chorar. Também meu  amigo se refugiou em meus braços e me disse:

    - Muito obrigado por estar aqui !

    Durante o resto da manhã fiquei sentado na sala de emergências do hospital, vendo meu amigo e sua esposa segurar nos braços seu bebê, despedindo-se dele. Isso foi o mais importante que já fiz na minha vida.

    Aquela experiência me deixou três lições:

    Primeira: o mais importante que fiz na vida, ocorreu quando não havia
absolutamente nada, nada que eu pudesse fazer. Nada daquilo que aprendi na universidade, nem nos anos em que exercia a minha profissão, nem todo o racional que utilizei para analisar a situação e decidir o que eu deveria fazer, me serviu para naquelas circunstâncias: duas pessoas receberam uma desgraça e nada eu poderia fazer para remediar. A única coisa que poderia fazer era esperar e acompanhá-los. Isto era o principal.

    Segunda: estou convencido que o mais importante que  já fiz na minha  vida esteve a ponto de não ocorrer, devido as coisas que  aprendi na universidade, aos conceitos do racional que aplicava na minha vida pessoal assim como faço na profissional. Ao aprender a  pensar, quase me esqueci de sentir. Hoje, não tenho dúvida alguma que devia ter subido naquele carro sem vacilar e acompanhar meu amigo ao hospital.

    Terceira: aprendi que a vida poder mudar em um instante.

    Intelectualmente todos nós  sabemos disso, mas acreditamos que os infortúnios acontecem  com os outros. Assim fazemos nossos planos e imaginamos nosso futuro como algo tão real como se não houvesse espaços para outras ocorrências. Mas ao acordarmos de manhã, esquecemos que perder o emprego, sofrer uma doença, ou cruzar com um  motorista embriagado e outras mil coisas, podem alterar este futuro em um piscar de olhos. Para alguns é necessário  viver uma tragédia para recolocar as coisas em perspectiva.

    Desde aquele dia busquei um equilíbrio entre o trabalho e a minha vida.

    Aprendi que nenhum emprego, por mais gratificante que seja, compensa perder férias, romper um casamento ou passar um dia festivo longe da família.

    E aprendi, que o mais importante da vida não é ganhar dinheiro, nem
ascender socialmente, nem receber honras. O mais importante da vida é ter tempo para cultivar uma amizade.

Fonte: http://www.sotextos.com/a_importancia_da_amizade.htm